Voce e o melhor pra mim

Capitulo 1-1

                                             XX UM ANO ATRÁS XX

Como de costume, todos se reuniam no pátio do colégio. Sentadas no grande banco encostado na parede estavam Mel e Lua. Cantavam e riam muito, quando viram Arthur e sua namorada Pérola chegando. Lua logo fez uma cara de nojo. Era apaixonada por Arthur e sabia que ele também, mas ele parecia não querer enxergar.
Conforme o tempo foi passando, chegaram Bernardo, Sophia, Micael, Carla, Rayana e Chay.
- Mel, você percebeu que o Fellipe tá ali sentado sozinho? – Disse Lua.
- Pois é. Chama ele pra sentar aqui com a gente... – Respondeu Mel. – Aproveita e faz ciúmes no Arthur... – Cochichou ela no ouvido de Lua.
- É mesmo, né?
- Claro! Eu sou um gênio.
Lua se afastou dos outros e foi conversar com Fellipe, sob os olhares enciumados de Arthur.
Ninguém nunca entendeu... Lua e Arthur sempre foram amigos e sempre foram apaixonados um pelo outro, mas o garoto deu um fora nela. O por quê ninguém sabe.
- O quê que a Lu tá fazendo com aquele cara? – Perguntou Arthur.
- Conversando. Por quê? – Indagou Carla.
- Ela tá solteira! Tem mais é que pegar os gatinhos mesmo... – Exclamou Rayana.
- Não. Mas ela não pode ficar paquerando qualquer um, não... – Disse Arthur.
- Por que você tá se afetando, hein Arthur? – Perguntou Pérola desconfiada.
- Queridinha... Seu lápis está borrado!
Depois de Sophia dizer isso, Pérola saiu correndo para o banheiro, enquanto todos riam, afinal não tinha nada borrado em seu rosto.
- Arthurzinho, se você gosta da Lua, por que você tá com a nojenta da Pérolazinha fico-com-todo-mundo? – Perguntou Mel.
Por ser bem branquinho, Arthur corou no mesmo instante. Aquela pergunta era repetida praticamente todos os dias, mas ele ainda não tinha se acostumado.
- Quem disse que eu gosto da Lua?
- Ah conta outra, Arthur... – Bernardo falou. – Dá pra ver á quilômetros de distância que você gosta da Luazinha.
- Olha que se você não pegar, eu pego, hein? – Brincou Chay.
- Cala sua boca, Suede. – Retrucou Arthur.
- Cara, dessa vez eu vou ter que concordar com o pessoal. – Confessou Micael. – Todo mundo já percebeu que você gosta da Lua, só você que não.
- Mas agora já era, né? Afinal ela já está em outra. – Provocou Sophia.
- O QUÊ? Ela gosta do Fellipe? – Explodiu Arthur, mas logo se recompôs. – Não que isso seja da minha conta ou que eu me importe, mas...
- Relaxa Arthurzinho... – Disse Mel.
- Se você não fosse tão burro de ter dado um fora nela, hoje a história era totalmente diferente. – Explicou Carla.
- Gente, pára de viajar... A Lu é como uma irmã pra mim. – Arthur mentiu tentando se explicar.
- Bom você que sabe! – Chay deu de ombros.
O sinal bateu e todos foram para a sala, menos Lua e Fellipe que conversavam animadamente. Na turma A estavam Micael,Arthur, Sophia, Rayana, Lua e Fellipe.
Já na turma B, estavam Chay, Carla, Bernardo, Mel, Pérola e os outros colegas Julia e Lucas.

Capitulo 1-2

O diretor reuniu as duas turmas para fazer um comunicado. Comentou que seria realizada uma peça musical com os alunos do colégio. Precisava-se de um casal protagonista e uma vilã. O grupinho se reuniu para decidir quem iria fazer o teste para cada papel. Lua foi escolhida para fazer a protagonista e no fundo, estava torcendo para que seu par fosse Arthur.
O rapaz estava querendo ser o par de Lua também, mas não entendia por que. Conhecia a garota desde pequena e justo agora, estava começando a sentir coisas estranhas por ela.
Todos os integrantes do grupo começaram a escolher o protagonista, e por ironia do destino, ficou empate entre Arthur e Fellipe. Sophia por sua vez, deu a idéia de Lua escolher quem ela queria para ser seu par. Por um momento, Lua pensou em escolher Arthur, mas logo se lembrou de todas as vezes que ele a esnobou, então optou por Fellipe, deixando-o totalmente enciumado e chateado. 
No dia da peça, onde a história era de dois jovens que se amavam, mas eram primos, Lua e Fellipe estavam ensaiando, até que o professor que coordenava a peça pediu aos dois que dessem um beijo no final da obra. 
Fellipe aceitou pois sabia que se tratava de um beijo falso, cinematográfico, mas Lua hesitou um pouco sobre os olhares reprovadores de Arthur.
Após muitos pedidos tanto do professor quanto das amigas, Lua aceitou beijar Fellipe. Porém assim que eles se beijaram, o professor discordou.
 -Não tem química! – Retrucou ele. – E agora? A peça é daqui á alguns minutos.
- Não precisa ter beijo! – Disse Lua, tentando enganá-lo.
- De jeito nenhum... Esse beijo sai nem que eu mude de nome.
- Ah é? Então eu posso te chamar á partir de agora de Raimundo Sebastiano Felisbino Pinto?
- Sem brincadeira, senhorita Blanco. - Repreendeu-a.
- E se colocasse outro menino pra beijar a Lua? Alguém que com certeza tem muita química com ela. – Mel lançou um olhar para Arthur.
- Quem, eu? – Perguntou Arthur.